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Dolphin Up-Close Tour: interação com golfinhos gastando pouco

O Sea World é muito conhecido pelos seus espetáculos com baleias e montanhas russas radicais, mas outra opção disponível no parque é o Dolphin Up-Close Tour, uma experiência interativa com os golfinhos que não é cara e muita gente não conhece.

A gente já falou no roteiro desse parque o nosso posicionamento em relação ao trato com os animais, mas ao mesmo tempo é bom ver a maneira como eles vêm gradativamente transitando sua postura com o fim da criação de baleias para outros tipos de atrações e interações com animais mais educativas.

Ainda assim a Re não quis participar, mas eu fui lá conhecer essa que é uma experiência de interação super próxima com os golfinhos e sem gastar uma fortuna como no Discovery Cove.

Quem participa do Dolphin Up-Close Tour chega bem pertinho dos golfinhos. Dois visitantes na foto estão à beira da piscina, perto de um golfinho
Quem participa do Dolphin Up-Close Tour chega bem pertinho dos golfinhos

Como funciona o Dolphin Up-Close Tour

Esta é uma experiência que acontece no Sea World, paga à parte (ou seja, você precisa pagar o ingresso do parque + o tour, separadamente) que dura aproximadamente 40 minutos. Durante o Dolphin Up-Close Tour, é possível aprender mais sobre os golfinhos e ter uma experiência mais próxima com eles, até podendo interagir e encostar no final.

É importante mencionar também que o Dolphin Up-Close Tour é todo em inglês, então pode não valer tanto a pena para quem não domina a língua. Se quiser só encostar no golfinho sem muita interação com os funcionários do parque, pode considerar o Dolphin Encounter, outro tour oferecido no parque que é mais curto e “direto ao ponto”, mas vou falar melhor dele mais pra frente.

Como é a experiência com os golfinhos

Tendo sua participação no Dolphin Up-Close Tour reservada, basta ir ao ponto de encontro uns 10 minutos antes do horário marcado, que é em frente ao aquário Discovery Cove. Não tem nada a ver com o parque Discovery Cove, que fica em um complexo separado, ok? É só um aquário dentro do Sea World com o mesmo nome.

Lá você encontrará o instrutor vestido com a roupinha de neoprene com o emblema do parque e uma lista com os participantes na mão, checando quem está presente.

O instrutor (de chapéu) com a lista dos participantes na mão, conferindo se estava todo mundo lá.
O instrutor (de chapéu) com a lista dos participantes na mão, conferindo se estava todo mundo lá.

Assim que o instrutor confirmou que o grupo estava todo lá (quando eu fui, éramos um total de 14 pessoas) fomos encaminhados para o tal aquário Discovery Cove, que nada mais é do que um aquário que traz uma vista para a parte debaixo do tanque onde ficam os golfinhos.

Nós ficamos lá por uns 5 minutos, com o instrutor contando curiosidades sobre o comportamento deles e explicando bem por cima como são os cuidados que o parque tem com os animais. Pra ser bem sincero, ninguém prestou muita atenção no que ele falava, todo mundo ficava mesmo era espiando o tanque pra ver se conseguia avistar algum golfinho.

Em seguida ele abriu para perguntas, mas ninguém teve nenhuma dúvida (o que me fez ter ainda mais certeza que a atenção de todos estava mesmo era no aquário). Como eu queria aproveitar ao máximo e prestei atenção em tudo (cof, cof), posso contar aqui que eram informações bem básicas mesmo: a quantidade de comida que comem por dia, quanto tempo descansam, coisas desse tipo.

Esse aquário é uma atração do parque aberta a todos, mas a gente estava acompanhado pelo guia enquanto os outros visitantes ficavam andando devagarzinho por perto da gente tentando fisgar uma informação ou outra.

O tanque que é aberto a todos, onde os golfinhos passam às vezes, no aquário do SeaWorld
O tanque é bem grande, então nem sempre dá pra ver os golfinhos dali, mas ainda assim ele acabou tomando mais a atenção do grupo do que o próprio guia.

Em seguida, saímos do aquário com ar condicionado e o instrutor levou o grupo para a piscina a céu aberto, que é onde ficam os golfinhos. Como eu falei antes, ela é conectada com o aquário que estávamos, mas só ali na piscina mesmo é que começamos a avistar os animais, que estavam mais para a superfície curtindo o sol (e eu secretamente desejei estar de volta no fresquinho do aquário, e não debaixo do sol escaldante da Flórida).

Os golfinhos estavam todos na superfície do tanque, curtindo o sol, enquanto os visitantes olhavam
Olha eles aí! Os golfinhos estavam todos na superfície do tanque, curtindo o sol.

Chegando ali, outros instrutores se juntaram a nós e também contaram mais informações e curiosidades sobre os golfinhos e suas habilidades de comunicação. Essa parte foi mais interessante do tour! Os instrutores contaram que os animais se comunicam entre si e conseguem se organizar em grupos para realizar tarefas, e também deu uma prévia de que com o treinamento adequado, eles respondem também aos comandos dos humanos, mas isso a gente ia ver com os próprios olhos em alguns instantes.

Na beira do tanque nos juntamos a outros instrutores para ouvir mais sobre os golfinhos.
Na beira do tanque nos juntamos a outros instrutores para ouvir mais sobre os golfinhos.

Fomos divididos em dois grupos menores, de 7 pessoas cada, com um instrutor pra cada grupo. Fomos orientados e deixar todos nossos objetos pessoais: mochilas, câmeras, celulares, bolsas, guardados num canto um pouco distante da piscina. Segundo eles, é porque vai espirrar água e molhar, mas minha impressão foi que era pra gente não tirar foto com as nossas câmeras e ter que comprar as que o fotógrafo oficial fica tirando da gente lá do outro lado da piscina. Vai saber, né?

O instrutor me dando uma bronca por ter pego minha câmera pra tirar foto durante o Dolphin Up-Close Tour. Nesse momento, ele estava apontando pra mim e gritando: você vai se molhar!
O instrutor me dando uma bronca por ter pego minha câmera pra tirar foto. Nesse momento, ele estava apontando pra mim e gritando: você vai se molhar!

Em seguida vem o que é pra mim o ponto alto do Dolphin Up-Close Tour: o instrutor mostra as habilidades dos animais. Junto com o nosso grupo ficaram 2 golfinhos, que pareciam ter uma relação bem próxima com aquele instrutor. Quando convocados, ficavam parados na beira do tanque, esperando o instrutor dar os comandos. Enquanto ele fazia isso, também nos contava histórias e fazia piadas. Por exemplo:

  • Quando ele gira a mão no formato de um círculo, os golfinhos entendem que é pra eles virarem 360 graus, e então giram rapidamente
  • Quando ele balança a mão pra cima e pra baixo, os golfinhos fazem o mesmo com a cabeça, como se estivessem dizendo ” sim”
  • Quando ele balança a mão de um lado para o outro, eles seguiam o movimento com a cabeça, como se estivesse fazendo um “não”.
Depois de cada comando, o instrutor tira peixes de uma caixa azul e dava na boca dos golfinhos como recompensa.
Depois de cada comando, o instrutor tirava peixes dessa caixa azul e dava na boca dos golfinhos de recompensa.

O instrutor alimentava constantemente os golfinhos com peixes que estavam em um balde ao lado. A parte mais engraçada aqui foi um comando que os golfinhos responderam soltando ar pelos nariz (golfinho tem nariz? vou pedir ajuda pros universitários aqui). Essas expiradas de ar pareciam um rap, porque soltando o ar na água ficava parecendo a batida de uma música. Todo mundo deu risada.

A esse ponto, já tinha passado quase meia hora do começo do tour e eu nem tinha percebido, mas já estava quase no final. Nesse momento, o instrutor chamou a gente um a um para se aproximar do tanque e colocar as mãos nos animais. Dá pra encostar e fazer carinho de leve, seguindo as instruções do guia de não encostar muito perto da boca. (spoiler: a pele dos golfinhos é super escorregadia, parece um azulejo molhado).

Em uma outra oportunidade, o instrutor ensina a gente um dos comandos: esticar a mão e balançar pra cima, de forma a comandar o golfinho a ficar “em pé” pra fora d’água. Tinha uma criança de uns 4 anos no meu grupo que dava gritos de alegria a cada comando obedecido!

Foto do treinador alimentando o golfinho durante a interação com os animais no SeaWorld, o Dolphin Up-Close Tour
O menininho de verde se divertiu muito! Ele dava pulos e gargalhadas a cada comando atendido

Apesar de ficarmos boa parte do tour a céu aberto e no calor, não foi cansativo nem nada. Quando me dei conta o instrutor já estava se despedindo da gente, e dando instruções de onde encontrar as fotos que os fotógrafos tiraram da gente – vendidas à parte e com preços bem altos, tipo 20 dólares cada, então nem dei bola. Já tinha sido malandro e conseguido tirar minhas próprias fotos pra mostrar aqui pra vocês 😉

A parte chata foi que como eu fiz o tour sozinho, acabei sem nenhuma foto minha com os golfinhos. Então aí vai a dica que eu gostaria que tivessem me dado antes: bem ao lado do tanque tem uma área que todos podem ir, mesmo quem não vai participar do tour. Ela é separada do tanque por uma cerca baixinha, então dá pra ficar assistindo tudo de lá. É uma boa ideia ter um membro do grupo que não vá participar do tour ali com uma câmera em mãos e registrando tudo (fica a dica pra Rê, que preferiu ir fazer outra coisa no parque enquanto eu fazia o tour).

Vale a pena fazer o Dolphin Up-Close Tour?

Alinhando as expectativas com o que é oferecido, pode valer a pena sim. A experiência custa entre US$59 e US$99 por pessoa (mesmo preço para adultos e crianças), dependendo da época do ano, e te permite chegar bem perto dos golfinhos e até encostar neles, além de aprender um pouco sobre como eles se comunicam e se comportam.

Vale considerar também caso tenha crianças pequenas no grupo que se interessem pelos animais. Elas geralmente curtem bastante (a exemplo do menininho do meu grupo, tenho certeza que aquele dia ficou gravado na memória dele).

Porém, sejamos realistas: não espere uma experiência mega interativa como o nado com os golfinhos no Discovery Cove, hein? Aqui fica bem clara a separação: eles na piscina e a gente do lado de fora, de roupa normal mesmo. Não dá pra ter um contato tão próximo com os animais nem nada do tipo, essa experiência ainda é restrita ao Discovery Cove, com seu preço proporcional.

No Discovery Cove os participantes entram na piscina e nadam os os golfinhos. Na foto, diversos visitantes na piscina enquanto aguardam o golfinho aparecer
No Discovery Cove os participantes entram na piscina e nadam os os golfinhos, uma experiência mais completa e interativa (e muito mais cara também)

Para quem não fala inglês, não se interessa pelas explicações sobre os animais ou ainda pra quem busca algo mais rápido e econômico, a alternativa é o outro tour com golfinhos oferecido no Sea World, o Dolphin Encounter. Esse dura apenas 15 minutos e custa entre US$29 e US$59 por pessoa (aqui o valor também varia de acordo com a época do ano), pois pula as primeiras etapas das explicações e vai direto para a interação com os golfinhos, sem muitas delongas. Saiba mais sobre ele aqui.

E como eu participo do Dolphin Up-Close Tour?

Como mencionei acima, o tour tem vagas limitadas e só acontece 2 ou 3 vezes ao dia, dependendo da época do ano. Para quem faz questão de participar da experiência, minha dica é já fazer sua reserva pelo site do Sea World antes da viagem e marcar o dia e horário da sua visita, assim terá sua participação garantida no Dolphin Up-Close Tour.

É possível também comprar lá na hora, no guichê de Guest Services que fica bem na entrada do parque (foi o que eu fiz). Nesse caso, está sujeito à disponibilidade e pode chegar lá e dar de cara com o tour cheio para o dia. Daí não tem choro nem vela, naquele dia não tem mais como participar mesmo.

Ah, e outro detalhe importante é que além de pagar pelo tour, é preciso também ter um ingresso para poder entrar no parque e participar.

Espero que tenham gostado do relato, e que ajude a decidir se vale a pena ou não incluir o Dolphin Up-Close Tour na programação do seu dia no Sea World. E se quiser ver dicas para aproveitar ainda mais seu dia no parque, veja aqui o roteiro completo do Sea World, ou dê play abaixo na versão em vídeo.

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