Viagem para Orlando usando o DAS, por Erika
Neste post
O Viagem do Leitor de hoje traz o relato da Erika, uma leitora super querida que fez questão de compartilhar com a gente a sua experiência utilizando os serviços de acessibilidade dos parques em Orlando durante a sua última viagem em família. Como esse é um assunto super importante e que costuma despertar muitas dúvidas, não poderíamos deixar de publicar seu depoimento por aqui.
O sobrinho da Erika tem o diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista) e, por conta disso, eles optaram por solicitar o DAS (Disability Access Card), um recurso que oferece acesso prioritário às atrações pra quem apresenta dificuldade em esperar nas filas. Nós já temos um post sobre esse assunto bem aqui, mas é sempre bom se manter atualizado e entender melhor como esse sistema funciona na prática, né?
Erika, muito obrigada por compartilhar sua experiência com a gente aqui no VPD, viu? Tenho certeza que seu relato vai ajudar e muito outros leitores que também estão planejando utilizar esses serviços de acessibilidade nas suas visitas aos parques de Orlando. Boa leitura pessoal! 😉
Viagem para Orlando usando o DAS
Por Erika Locilha
Como fazer a solicitação na Disney?
Na Disney, o processo para solicitar o DAS foi super fácil e acessível. Pelo site da Disney ou através do aplicativo, basta clicar em Accessibility & Health Services. Na sequência, clique em Disability Access Card (DAS) e, em seguida, solicite o chat com um membro, clicando no “speak with a cast member”.
Aqui, abrirá uma caixa de mensagem onde o solicitante do DAS (no caso eu que solicitei para meu sobrinho) responde algumas perguntas básicas, indicando o dia da viagem, o nome do dono do DAS (aqui indiquei meu sobrinho) e o nome das pessoas que o acompanharão (eu e minha prima). Provavelmente, você terá que aguardar alguns minutos até que um cast member esteja livre para iniciar uma reunião.
É importante dizer que o dono do DAS (no caso, meu sobrinho) deve estar presente nesse momentp, pois conversarão com ele durante a reunião. Ela é realizada pela plataforma Zoom e a principal coisa que eles querem saber é o motivo de você estar solicitando o acesso ao recurso, ou seja, a razão pela qual o dono do DAS não pode aguardar na fila.
No meu caso, informamos que meu sobrinho era autista e não tem noção de tempo, de modo que não consegue ficar parado. Ele fica andando e acaba batendo nas pessoas, o que pode causar incômodo e problemas com os demais visitantes. Para ajudar a entender a dificuldade do meu sobrinho, uma médica foi chamada para reunião e confirmou que ele realmente não tem condições de ficar muito tempo na fila. Assim, o DAS foi aprovado e a resposta é imediata.
Também é importante mencionar que, como não sou fluente em inglês, foi disponibilizado um intérprete para ajudar na reunião, o que facilitou muito a comunicação. Achei isso muito importante, pois nem todos são fluentes em inglês.
Após a aprovação, o cast member explicou como o DAS funcionaria no parque e o prazo de validade, além de encaminhar dois guias para conhecimento das regras da Disney.
Essa solicitação é feita com 60 dias de antecedência da viagem e toda a conversa fica registrada no chat with us para acesso posterior, o que também achei importante, pois me facilitou confirmar a validade do DAS para uso na festa de natal.
Como utilizar o DAS nos parques da Disney?
No parque, após passar pela catraca no dia da sua primeira visita e ativar o ingresso, na página inicial do My Disney Experience você encontrará um ícone do DAS, como se fosse para agendar uma Lightning Lane.
Nesse momento, é só clicar ali e vai aparece uma lista com as atrações e tempo de fila. Ao clicar na atração, você já consegue ver a hora de retorno do DAS, ou seja, a hora que o dono do DAS pode se apresentar na entrada da atração, pela fila da Lightning Lane.
Você agenda um retorno da atração e, logo que chega na catraca, o dono do DAS passa primeiro e depois seus “dependentes”. Lembrando que é o dono do DAS e mais 3 pessoas, que devem estar todas vinculadas no aplicativo, totalizando 4 convidados. Cerca de 10 minutos depois que passar pela catraca, já é possível agendar a próxima atração no aplicativo.
Todo esse procedimento, desde a solicitação até o acesso nos parques, foi super tranquilo e não tivemos nenhum problema. Vale muito a pena!
Como fazer a solicitação na Universal?
Já na Universal foi um pouco diferente. A solicitação é feita através do site do IBCCES, onde é preciso fazer um cadastro e encaminhar um relatório do solicitante (meu sobrinho) informando a patologia, uma foto dele, o parque que será visitado e a data da visita. Quando a solicitação é aprovada, cerca de dois dias depois, uma “carteirinha” é encaminhada com a foto do solicitante, o prazo de validade e a indicação para utilização na Universal de Orlando.
No mesmo dia que recebi o e-mail do IBCCES aprovando a solicitação, a Universal me mandou uma mensagem me informando que tinha sido notificada da solicitação e entraria em contato para uma entrevista por videochamada até 48 horas antes da viagem.
Porém, 3 dias antes da viagem, recebi outro e-mail da Universal informando que não conseguiram entrar em contato comigo. Me mandaram um número de telefone e o “código do caso”, mas eu também não consegui ligar para o número informado, e fiquei sem qualquer resposta da Universal.
Imprimi o e-mail e deixei junto com a “carteirinha” da IBCCES. Cheguei no parque antes de abrir e, assim que passei pela catraca, fui no Guest Service e expliquei o que tinha acontecido. Tudo resolvido!
Como utilizar o recurso na Universal?
Ali no Guest Service, me deram um cartão para apresentar na entrada da atração, onde o funcionário agendava o horário de retorno. As filas que estavam com tempo inferior a 30 minutos, a gente entrava direto. Se o tempo de espera era maior, era agendado um horário de retorno.
Apesar de não ter o controle de tempo como na Disney, deu super certo e valeu a pena, pois o Epic Universe estava bem cheio e conseguimos acesso a todas as atrações.
Eu conhecia o VPD e tive ajuda de vocês, mas infelizmente nem todos conhecem. Durante a viagem fui abordada por uma pessoa que estava com um autista e ela não sabia que os direitos deles (autistas) eram reconhecidos nos Estados Unidos.
Se você, assim como a Erika, tiver histórias para contar sobre sua viagem para Orlando, ou quiser registrar como foi a refeição em algum restaurante da cidade, compartilhar o seu roteiro ou ainda relatar como foi a estadia no hotel escolhido, nos escreva mandando o seu texto, fotos e vídeos e eles poderão ser publicados aqui no VPD. O endereço é viagemdoleitor@vaipradisney.com (lembrem-se que dúvidas não serão respondidas por esse e-mail, por favor use as caixas de comentários do site).
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