VPD Orlando - Vai Pra Disney
Viagem do Leitor

Viajando em casal para a Disney por Marcio

O Marcio foi um dos leitores mais engajados com quem conversamos nos últimos tempos. Depois de passar 21 dias viajando entre Nova York e Orlando, ele nos escreveu um roteiro super detalhado e compartilhou com a gente diversas descobertas e experiências que ele e a sua esposa Cristina tiverem em sua viagem a Disney.

Se não bastasse a dedicação em preparar um roteiro completinho para todos que viajam a Florida, o Marcio assinou embaixo em algo que a Re e eu sempre contamos aqui no VPD: que uma viagem a Disney é divertida e inesquecível para pessoas de todas as idades. O casal aproveitou tanto Orlando, que eu duvido sobrar um cético para dizer que uma viagem a Disney é coisa de criança. Espero que aproveitem o roteiro do Marcio tanto quanto a gente curtiu!

Viajando em Casal para Orlando

por Marcio Antonio Campos

Nossa viagem de 2015, para os Estados Unidos, foi uma decisão meio tardia para nossos padrões, devido a circunstâncias pessoais. A Cristina, minha esposa, e eu decidimos no começo de Fevereiro que viajaríamos em Maio. Mas, mesmo assim, conseguimos nos programar bem e achamos bons preços em muita coisa. Além disso, tivemos duas ajudas essenciais no planejamento dos nossos dias em Orlando: nossa amiga Kamila, que trabalha comigo e já foi Cast Member, e o Vai Pra Disney, motivo pelo qual mandamos esse (longo) relato para vocês.

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Passagem aérea

Um pouco antes de nos decidirmos pela viagem, começaram a pipocar promoções bem tentadoras, mas todas elas tinham um problema: a viagem precisava começar e terminar na mesma cidade, e nosso plano era visitar Nova York e Orlando. Se eu quisesse me beneficiar de uma promoção, teria que comprar ou Curitiba-Orlando-Curitiba, ou Curitiba-NY-Curitiba. Os trechos internos teriam de ser comprados separadamente, o que encareceria a viagem e anularia a vantagem da promoção. Além disso, ficaríamos obrigados a seguir as franquias de bagagem de voos domésticos americanos (ou seja, despachar no máximo uma mala de 20 kg por pessoa, contra duas de até 32 kg nos voos do Brasil para fora e vice-versa).

Como eu tinha 110 mil milhas na American Airlines, e queríamos economizar o máximo possível para liberar orçamento para ingressos e compras, resolvemos torrar as milhas. Felizmente, os voos entre Brasil e EUA estavam a 20 mil milhas por trecho/pessoa, e os domésticos, a 12,5 mil milhas por trecho/pessoa. No fim, a brincadeira toda ficou por 105 mil milhas. A reserva original era a seguinte:

  • 10 de maio: Curitiba-Miami-Nova York (JFK): 40 mil milhas para o casal
  • 20 de maio: Nova York (JFK)-Orlando: 25 mil milhas para o casal
  • 31 de maio: Orlando-Washington (Reagan)-Miami + 1.º de junho: Miami-Curitiba: 40 mil milhas para o casal. Aqui, uma observação: essa rota maluca, com quase 10 horas de conexão em Washington, era a única opção que havia disponível, apesar de a American ter voos diretos Orlando-Miami. Provavelmente não estavam disponíveis por ser uma passagem resgatada com milhas. Bom, beggars can’t be choosers. Pegamos mesmo assim, e decidimos que já em Orlando tentaríamos uma alteração para uma rota mais amigável.
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Nem foi necessário. Uns dias antes da viagem, me ligaram da American para comunicar pequenas mudanças de horário em alguns voos (meia hora a mais aqui, 15 minutos a menos lá, essas coisas). Aproveitei a deixa e perguntei pro funcionário se não tinha como ele trocar aquela maluquice de Orlando-Washington-Miami (que ainda por cima saía de Orlando às 8h45 da manhã, nos forçando a acordar super cedo) por um voo direto Orlando-Miami. Ele disse que sim, e primeiro nos ofereceu um voo no dia 1.º, saindo de Orlando às 5h10 da manhã, permitindo fazer a conexão em Miami sem ter que dormir lá. Recusamos porque isso nos obrigaria a tentar alterar reservas de carro e hotel em Orlando, além de correr o risco de perder o voo pra Curitiba se houvesse alguma zebra. A American, então, nos deu a opção de pegar um voo Orlando-Miami no meio da tarde de domingo (31). Era o ideal: chegaríamos a Miami no meio da tarde, daria tempo de descansar naquela noite e pegar o voo pra Curitiba no dia seguinte.

No domingo, dia 31, a American nos avisou, na hora do almoço, que nosso voo das 16h15 tinha sido cancelado e que tínhamos sido colocados no voo seguinte, das 19h05. Fomos pro aeroporto mesmo assim, até porque tínhamos horário para devolver o carro, e ficamos lá esperando. Foi bom porque pudemos despachar as malas e passar pela segurança sem pressa (eu estava com um sabre de luz na bagagem de mão, vai que os agentes invocam com ele). O voo Orlando-Miami, em um Boeing 777, foi com muitos lugares vazios. Deu até para acomodar vários brasileiros que originalmente iriam para Nova York e de lá para São Paulo, mas como o JFK estava fechado por mau tempo iriam perder a conexão. Todos eles foram realocados para conexão em Miami e colocados no nosso voo. E mesmo assim sobrou lugar. Nosso chute é que a American cancelou o voo da tarde para não ter que decolar com dois aviões semivazios.

Três detalhes: um, que a rota Curitiba-Miami (na ida, com escala em Porto Alegre) é feita em um Boeing 767 que ainda não teve o interior totalmente remodelado. Então não há sistema individual de entretenimento com uma tela para cada passageiro. De resto, é o mesmo aperto e a mesma comida de uma classe econômica padrão. O importante é que decolou e pousou no horário, e evitar uma conexão em Guarulhos ou Galeão não tem preço. O segundo detalhe é que, pousando em Orlando, fomos para as esteiras buscar a bagagem, e depois de uma primeira leva de malas parou tudo porque havia alerta de raios na região (depois soube que caiu um pé d’água minutos depois de termos pousado). Todas as esteiras do aeroporto ficaram paradas por mais ou menos uma hora. E o terceiro detalhe é que, se vocês vão voltar ao Brasil por Miami, verifiquem os checkpoints de segurança. O check-in e despacho de bagagem de voos internacionais da Ala D é perto do checkpoint 4, e por isso ele fica absurdamente lotado, com filas quilométricas. Mas existe um checkpoint 3, que fica entre as alas D e E, muito mais tranquilo e que também serve para o embarque dos portões da Ala D. Só que você não vai ouvir nenhum funcionário do aeroporto ou da American dizendo “olha, vai lá que está vazio”: você vai ter que perguntar e verificar por conta própria.

Hotel: Maingate Resort and Spa

Após uma busca no TripAdvisor, ficamos com o Maingate Resort and Spa, na US 192, em Kissimmee, do lado dos parques da Disney (não confundir com o Maingate Lakeside Resort). A Decolar estava com uma promoção muitíssimo boa para esse hotel, com a vantagem de congelar o preço em reais e poder parcelar. Já tinha lido sobre as questões de segurança envolvendo hotéis e sei que o VPD tem muitos pés atrás com hotéis com essa configuração de acesso aos quartos direto a partir do estacionamento. Por isso, só fiz a reserva depois de ler TODOS os comentários daquele hotel no TripAdvisor e não ter encontrado nenhuma reclamação sobre roubo de pertences de hóspedes (depois que fiz a reserva apareceu uma reclamação de sumiço de tablet).

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Claro, não demos bobeira: usamos o cofre e, antes de sair, trancávamos todas as malas com cadeado. Só uma ou outra coisinha que não cabia nas malas, ou alguma roupa usada, ficava de fora. Não sumiu absolutamente nada. Para não chamar atenção, optamos por deixar todas as sacolas de compras dentro do quarto mesmo, assim como as duas caixas de encomendas online (esse hotel não cobra nada para receber pacotes – só não deixa no quarto, você precisa perguntar na recepção se chegou algo –, mas também não abusei da gentileza). Na hora de fazer o check-out, deixamos tudo junto perto da porta do quarto para a limpeza recolher e mandar pra reciclagem.

Não usamos piscina nem as outras instalações do hotel. Mas o quarto atendeu plenamente nossas expectativas: duas camas de casal, espaço para malas, bom chuveiro, cama confortável com vários travesseiros, tábua de passar que não usamos. É um hotel antigo que, ao que me parece, foi comprado por um grupo hoteleiro e está sendo todo reformado. Ficamos num quarto de andar superior (outra precaução), não sentimos cheiro nem de velharia, nem de tinta fresca. O check-in foi rápido; na hora do check-out e em outros momentos em que precisei da recepção (durante o feriadão do Memorial Day e na noite da sexta-feira seguinte) parecia haver pouco recepcionista para muito hóspede.

Em Miami, passamos a noite no hotel que fica dentro do aeroporto mesmo. É um pouco mais caro que outros hotéis da redondeza, de bandeiras renomadas, mas tem a conveniência de não dependermos de transporte hotel-aeroporto, pois teríamos de acordar cedo para o voo. Valeu o investimento, e o hotel cumpriu a função: o quarto é simples, mas é exatamente do que precisávamos, tinha espaço para as malas e cama confortável para descansar.

Carro: alugado na Sixt

Primeiro, fiz a pesquisa no site recomendado pelo VPD e fechamos com uma locadora, acho que a Alamo, para um carro compacto. Mas depois pesquisei também no Decolar e a Sixt estava com um preço melhor, com as mesmas duas vantagens (congelar o valor em reais e poder parcelar). Cancelei a reserva anterior (que tinha sido feita em dólar) e fiquei com a da Sixt.

A Sixt não tem balcão no aeroporto. Você tem de ir às paradas de vans e ônibus e esperar a van, que leva os clientes ao pátio deles ali nas proximidades (para quem está cansado, vindo direto do Brasil, esse processo pode ser bem aborrecido). Pouquíssima burocracia; claro que tentaram me empurrar carros maiores ali na hora, mas optei pelo compacto mesmo. O que veio foi um Chevrolet Sonic (o que foi bom porque tenho Chevrolet aqui no Brasil, e os botões e alavancas de seta, faróis, ar condicionado, limpador de parabrisa ficam nos mesmos lugares. Parece um detalhe besta, mas faz diferença, sim). É compacto mesmo: só coube uma das nossas duas malas no porta-malas, a outra foi no banco de trás. Na hora de ir pro aeroporto, de volta para o Brasil, estávamos muito mais carregados: foi uma mala grande no porta-malas, as outras duas (sim, compramos mais uma mala grande) em pé, espremidas atrás dos bancos do motorista e do carona, e as mochilas e malinhas menores no banco de trás. Mas coube tudo, esse carro é um herói.

Um detalhe: vocês lembram que o voo de volta inicialmente era às 8h45 do dia 31. Por isso, na hora de reservar o carro, coloquei que o devolveria às 7h. Mas o voo tinha mudado para 16h15. Até tentei mudar a hora de entrega no site da Decolar, antes ainda da viagem, mas isso ia me custar R$ 600 extras. Deixei quieto. Quando cheguei ao escritório da Sixt, expliquei que o voo tinha mudado e perguntei se podia entregar o carro mais tarde. “Claro, por que não? 15 horas tá bom?”, e sem custo adicional nenhum.

Na hora de pegar o carro, perguntei sobre o pedágio: eles me disseram que tinham o sistema automático, mas que custaria uns 80 dólares para todo o período da locação. Expliquei os roteiros que faria em Orlando e a atendente mesmo disse que nesse caso compensava mais pagar o pedágio com dinheiro.

Apesar de eu ter certo receito de dirigir carro que não é meu em lugar que não conheço, foi prazeroso dirigir em Orlando. Você se acostuma muito rápido à marcha automática, e tudo é muito bem sinalizado. Só uma vez que queríamos ir à Downtown Disney e o Google Maps nos mandou para a entrada do Epcot, mas isso se resolveu rapidamente.

Comunicações

Em Nova York tinha comprado um chip da T-Mobile com um pacote de 1 GB diário de dados, mais ligações e mensagens ilimitadas dentro dos EUA, por US$ 50 mensais (compare com o que nos oferecem aqui e chore). Usamos Google Maps direto todos os dias, e em nenhum momento cheguei perto de atingir o 1 GB. Usamos wi-fi dentro dos parques da Disney e dentro do hotel. O wi-fi da Universal, por algum motivo, dava umas engasgadas no meu telefone, e nesse caso eu usava a rede da T-Mobile mesmo.

Ingressos e programação

De novo a Decolar estava com bons preços para os ingressos. No caso da Disney, foram cinco dias pelo preço de quatro; para a Universal, dois dias com park-to-park estavam mais baratos que dois dias sem park-to-park no site do parque. Mais uma vez, fechei com eles pela facilidade de bloquear o valor em real e pagar parcelado. Os ingressos do Kennedy Space Center comprei pelo site do KSC mesmo. Fiz o cadastro no My Disney Experience, acrescentei minha esposa como “Family and friends” e foi muito simples associar o voucher dos ingressos aos nossos perfis. Também compramos o Memory Maker pela internet com desconto.

Para poder reservar restaurantes e Fastpass+, precisávamos definir aonde iríamos a cada dia. Tínhamos de 21 a 30 de maio. Primeiro, perguntei à minha esposa onde ela queria passar o nosso aniversário de namoro, no dia 27: Magic Kingdom. Depois disso, os critérios foram dois: um, evitar parques nos dias com Extra Magical Hours; dois, evitar parques no feriadão do Memorial Day. Resultado final:

  • 21 (quinta) – Epcot
  • 22 (sexta) – Universal Studios
  • 23 (sábado do feriadão) – Kennedy Space Center
  • 24 (domingo do feriadão) – missa e outlets
  • 25 (segunda do feriadão) – Animal Kingdom (tinha de botar um parque no feriadão, então escolhi o que imaginei que estaria mais tranquilo)
  • 26 (terça) – Hollywood Studios
  • 27 (quarta, aniversário de namoro) – Magic Kingdom
  • 28 (quinta) – shoppings
  • 29 (sexta) – Islands of Adventure
  • 30 (sábado) – repetir um parque da Disney, grandes chances de que fosse o MK.

Tendo definido isso, fiz várias reservas de restaurantes para jantar e café da manhã. Como não estávamos hospedados na Disney, a seleção de fastpass+ só podia ser feita 30 dias antes das visitas; só não conseguimos fp+ para a Seven Dwarfs Mine Train e para as princesas de Frozen. Todo o resto nós conseguimos – mesmo quando as combinações iniciais de horário não eram boas, fui mudando manualmente, atração por atração, até chegar ao roteiro que queríamos.
E agora vamos ao que interessa.

Roteiro dia a dia

20/5, “dia zero”

Pousamos em Orlando, vindo de NYC, fomos pro hotel e de lá para Downtown Disney. Chegamos lá já meio tarde, acho que faltava pouco para as 22 horas. Primeiro, fomos ao Guest Relations para trocar o voucher pelos ingressos em cartão. Aproveitamos e pegamos os bottons de “first visit” e “happy anniversary” (nos quais a cast member escreveu para nós “9 yrs together”, pois estávamos fazendo 9 anos de namoro). De lá fomos ao Pin Traders atrás de Magic Bands. Minha esposa pegou a que tem o castelo e eu, na falta do Olaf (as pulseiras de Frozen estavam todas esgotadas), peguei uma do Pateta, que é outro personagem que eu adoro. De lá voltamos ao Guest Relations para botar o Memory Maker nas pulseiras.

Só com a burocracia resolvida é que fomos jantar. Como eu não sabia se o voo chegaria na hora, quanto tempo levaria para pegar malas, pegar carro, fazer check-in no hotel, ir a Downtown Disney, não reservei nada para aquela noite. Decidimos tentar a sorte no Raglan Road e, maravilha!, havia mesa para dois, sim – pertinho do palco onde havia apresentação de música típica irlandesa! Brindamos com uma Guinness e uma Rekorderlig, uma imperdível cidra sueca de morango: estávamos na Disney! Para a Cristina, Bangers & Booz (um prato com salsichas e purê de batata) e, para mim, It’s Not Bleedin’ Chowder, um creme/sopa de frutos do mar, tomate e batata. Concordamos que eu fiz a melhor escolha.

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21/5, dia 1 – Epcot

Chegamos uns 10 minutos antes de o parque abrir, já com sol forte na moringa (parênteses: durante toda a viagem fez um calor do inferno em Orlando, dava dó das meninas vestidas de princesa e do povo fantasiado de aluno de Hogwarts. Pra mim, qualquer coisa acima de 15 graus já me deixa desconfortável, mas, para ter uma ideia, minha esposa gosta do calor e lida com ele muito melhor que eu, mas até ela teve uma ou duas quedas de pressão, e isso que estávamos tomando água direto. Eu não cheguei a passar mal, mas suava em bicas.).

Assim que entramos, fizemos a foto com a bola com um fotógrafo da Disney e nossa ideia era ir direto pro Test Track, mas encontramos o Pluto no caminho. Foi o primeiro personagem que abraçamos. Claro, enquanto estávamos esperando por ele a fila do Test Track cresceu um pouco, mas em 20, 30 minutos estávamos brincando de carrinh… carrão. De lá fomos ao Soarin (fp+). Eu ainda fico na dúvida sobre qual dos dois foi meu favorito. Na sequência, emendamos The Seas with Nemo and Friends (fp+), Turtle Talk (achei sensacional essa interação com as crianças em tempo real) e Living with the Land (muito interessante, mas depois fiquei pensando se não poderíamos ter trocado por alguma coisa dentro da bola ou no Innoventions, nos quais não entramos). Tínhamos fp+ também para encontrar personagens: Mickey, Pateta e Minnie. O almoço foi no Starbucks mesmo.

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À tarde rodamos os pavilhões dos países. Gostamos muito mesmo do passeio de barco dos Tres Caballeros, pegamos um pouquinho dos mariachi no México e dos acrobatas na China, vimos os filmes da China e do Canadá (gostamos mais do canadense), tomamos chope na Alemanha (dica: se estiver fazendo muito calor, vão direto na Schöfferhofer, uma cerveja de trigo com grapefruit altamente refrescante) e sorvete na França, aprovadíssimo.

No Marrocos, encontramos o Aladdin e a Jasmine; na França, tiramos foto com a Aurora, também conhecida como Bela Adormecida. No México encontramos o Donald de poncho e sombrero. As lojas de produtos típicos são bem interessantes. Como terminamos o roteiro pelo Canadá, ficamos por ali para o Illuminations (jantamos sentados no chão mesmo, fui buscar comida de novo no Starbucks enquanto a Cristina guardava o lugar). Olha, sorte que o Illuminations foi o primeiro que vimos, porque se tivéssemos visto depois do Fantasmic ou do Wishes teria sido meio frustrante. Não que não seja bonito, mas os outros, convenhamos, são bem melhores.

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22/5, dia 2 – Universal Studios

Chegamos um pouquinho depois da abertura do parque e fomos direto pro Beco Diagonal. Havia uma fila considerável para o Escape from Gringotts (não contei, mas acho que uns 40 minutos), mas vale MUITO a pena. Detalhe que, quando saímos do brinquedo, a fila estava bem menor! Dali fomos para o MIB (tanto o brinquedo quanto a fila são divertidíssimos; a Cristina me deu um banho na pontuação) e, depois, para o Simpsons Ride, em que rimos sem parar do começo ao fim (e nos pareceu que, no nosso carrinho, só nós, que somos fãs do desenho, estávamos entendendo as piadas). Dali voltamos para almoçar no Caldeirão Furado, que estava tranquilo, entramos, pedimos, sentamos sem problemas. Peixe frito para mim e Fisherman’s Pie para a Cristina, ambos aprovados. Experimentei a cerveja amanteigada, que, como a Cristina bem percebeu, é caramelo líquido. Gostei!

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No Universal Studios basicamente fomos a tudo que dava para ir, exceto pelas atrações infantis. Deu tempo até de repetir o MIB (na revanche eu fui melhor na pontuação), e acho que demos muita sorte naquele dia, pois, depois do Gringotts, nenhuma atração a que fomos tinha mais de 20 minutos de fila, com exceção dos Minions, que também adoramos. Aliás, todos os simuladores são ótimos, com os Simpsons vencendo por um nariz de Ajudante de Papai Noel na minha opinião. Só não sei por que o VPD achou a montanha-russa da Múmia “relativamente leve” e ficou enjoado no Simpsons Ride… a Múmia pode não ter looping, mas tem umas quedas bem bruscas e que você não tem como prever por estar no escuro. Enfim, nós achamos o Simpsons Ride mais leve que a Múmia.

O Twister é dispensável, o Disaster! é muito engraçado, o ET é bonitinho e tem valor sentimental (a memória pode estar me traindo, mas acho que foi o primeiro filme que meu pai me levou pra ver no cinema) mas precisa de uma modernização. O 4D do Shrek é muito bom e divertido, o do Exterminador é bacana, mas quem tem pouco tempo pode pular. E adorei a Rockit (fui sozinho, e no esquema de single rider não levei nem 15 minutos pra entrar no carrinho). Como fãs de Simpsons, queríamos jantar no Moe, mas já estava fechado. Pegamos cachorro-quente de barraquinha para ver o show de encerramento deles, que vale a pena para quem gosta de filmes (pois tem um passeio pela história do cinema), mas não tanto pelos fogos em si.

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23/5, dia 3 – Kennedy Space Center

Dia da geekice. Sério, quem visitar aquilo e não sair entusiasmado com astronomia e astronáutica não tem coração. Nós fizemos o passeio de ônibus logo que entramos, e ficamos um bom tempo no pavilhão do Saturno V. Tudo que você sempre quis saber sobre a conquista da Lua mas tinha medo de perguntar (detalhe: quando fomos havia um engenheiro do programa Apollo para conversar com os visitantes).

O foguete é impressionante, o teatro recriando o momento do pouso do Módulo Lunar é muito bacana, o museu do programa Apollo tem coisas bem interessantes. De lá voltamos para o centro de visitantes e fomos percorrendo na direção da saída: Atlantis (não deixe de ir ao simulador de lançamento de ônibus espacial), memorial dos astronautas, exploração de Marte, jardim dos foguetes (com réplicas das cabines Mercury, Gemini e Apollo para você entrar) e o museu do início da exploração espacial. Só não demos sorte com o IMAX por causa dos horários. Acredite, você vai ficar lá até dar a hora de fechar e não vai ter visto tudo com a atenção que as atrações merecem.

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24/5, dia 4 – outlets

Primeiro, fomos à missa na igreja de Mary Queen of the Universe, convenientemente localizada ao lado do Premium da Vineland. Depois, fomos às compras. Olha, tem horas em que aquilo desafia a dignidade humana. Crueldade levar criança pra ficar rodando pelas lojas, por exemplo. Nossa dica para sobreviver a um outlet é: vá com uma lista de coisas que você quer e saiba onde você pretende encontrá-las.

Se você for lá para ir flanando de loja em loja para ver “o que tem”, aí já era, você vai ser sugado. Nós achamos a maioria das coisas que queríamos, mas também não descartamos compras de oportunidade: quando passamos pela DKNY, havia calças sociais masculinas do lado de fora, em promoção. Eu até estava precisando trocar as minhas, mas não era um item que estava entre as prioridades de compras. Mas calhou de o preço estar ótimo (baixaram ainda mais na hora de passar no caixa), as calças serem bonitas… levei.

Uma dica que damos sobre o outlet da Vineland é a Toys R Us, especialmente para fãs do Frozen. Ali tem muita coisa que não vimos em nenhum parque e nenhuma loja Disney. Inclusive esse sensacional, épico, indescritível, genial Olaf que faz raspadinha. Também na Toys R Us vimos um vestido da Cinderela (do filme novo, não do desenho clássico) mais bonito e barato que os vendidos nos parques ou lojas da Disney.

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Tendo praticamente resolvido nossa lista no outlet da Vineland, fomos ao da International Drive mais por desencargo de consciência, mas só vimos mais do mesmo. Uma ou outra loja diferente. Pelo menos jantamos no restaurante italiano que tem lá, o Vinito, que achamos bom. Não extraordinário, mas bom e relativamente barato (mais parênteses: se sua viagem também inclui Nova York, considere a possibilidade de comprar roupas por lá. Eu, por exemplo, me dei muito bem na Macy’s, e a Cristina se encontrou na H&M. Um detalhe importante é que, se a roupa ou sapato custa até US$ 110 a peça, o imposto em Nova York é zero, contra quase 7% em Orlando. Um exemplo prático: a Tommy da Macy’s gigante em Manhattan tem muitos itens com bons descontos, e no caixa ainda ganhamos mais 25% pelo volume da compra.).

25/5, dia 5 – Animal Kingdom

Para uma segunda-feira de feriadão, escolhi o parque que, na minha percepção, estaria menos lotado. E acho que não erramos, não. O dia começou antes de o parque abrir: às 8h25 tínhamos café da manhã no Tusker House, com preço fixo e bufê livre, mais Mickey, Donald, Margarida e Pateta vestidos a caráter como exploradores. Era um dia especial: o Pateta estava completando 83 anos de sua primeira aparição! Todos desejamos feliz aniversário, algumas mesas cantavam para ele, foi muito divertido. Acho que era por isso que o suco de goiaba, maracujá e laranja (muito bom, aliás) estava sendo chamado “Goofy’s Juice” (tomamos esse mesmo suco em outro café da manhã em outro dia e não levava o nome do Pateta). O café é delicioso, e o VPD já fez um ótimo post sobre ele. Experimentei inclusive o arroz, e não me arrependi. Para vocês terem uma ideia, aproveitamos tanto o café que o nosso almoço foi apenas um saquinho de 50 gramas de batata frita para cada um.

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Claro que depois de tanta comilança não podíamos pegar nenhuma atração radical. Felizmente marcamos o fp+ do Kilimnajaro Safari para a manhã, e deu certo: diversos animais estavam acordados (só o leão estava tirando um cochilo, mas no alto de uma pedra, para todo mundo ver). Só é difícil tirar fotos, pois o carro para poucas vezes, só para os bichos mais “clássicos”, e sacode um bocado. O ideal é tentar travar a velocidade de exposição da câmera para 1/125s ou mais rápido, ou colocar num modo Esporte, caso esteja disponível. Das minhas fotos, algumas ficaram desfocadas, outras ficaram tremidas, e em outras eu cortei a cabeça do bicho, coitado.

Não lembro se foi depois do safári, ou se foi depois do café e antes do safári: logo na saída do Tusker House tem um show chamado Drummers of Harambe, são percussionistas que tocam ritmos africanos, e às vezes chamam a galera para fazer coreografia e tal. Pois não é que, no finalzinho da apresentação deles, o líder dos músicos percebe nossos bottons, nos chama pro meio, diz “esse casal aqui está completando nove anos juntos!” e puxa uma bênção africana para nós. Incrível! Depois ele encerrou a apresentação, e os outros músicos também vieram conversar conosco, nos deram os parabéns, muito legal!

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Assim como no Universal Studios, tivemos tempo de ver todas as atrações e rides, pulando só o que era mais para a criançada, como uma montanha-russa na Dinoland. Fomos duas vezes ao Kali River Rapids, uma com fp+ e outra no fim do dia, quando a fila era mínima. Nas duas nos molhamos apenas moderadamente, mas houve gente no nosso bote que ficou encharcada (o que era o meu objetivo, como o dia estava bem quente). Como é um bote redondo, é bem loteria mesmo, você pode se molhar só um pouco, ou você pode sair torcendo a camiseta de tanta água, dependendo dos giros que o bote dá. O detalhe engraçado é que no fim tem uns elefantes que só jogam água nos botes se as pessoas numa ponte apertam uns botões. Só percebemos isso quando saímos do River Rapids na primeira vez. Na segunda, quando passamos pelos elefantes, começamos a berrar “push the button! Push the button!” para o pessoal na ponte, que atendeu nosso pedido.

Os shows do Rei Leão e do Nemo são muito lindos, tem que ver. O Flights of Wonder é muito bacana, os pássaros fazem coisas divertidíssimas. Fique admirando os animais entalhados no tronco da Árvore da Vida, e entre nela para o It’s Tough to be a Bug, que também vale a pena. Ainda fizemos as três trilhas. Quando estávamos na da Ásia, caiu uma pancada de chuva e ficamos esperando passar no lugar onde ficam uns morcegos gigantes. Não deixe de ver também os tigres (ainda na trilha da Ásia), os suricatos e os gorilas (na trilha da África). Na área dos suricatos, um cast member sul-africano veio puxar papo, ele intuiu que éramos brasileiros (até agora não sei como, talvez ele saiba identificar algumas palavras de português) e disse que adorava o Brasil, morria de vontade de conhecer o país, falou um pouco da mensagem de Nelson Mandela e disse que todos devíamos ser uma inspiração para quem convive conosco.

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A montanha-russa Expedition Everest é pra quem gosta de adrenalina, muito boa mesmo, mas faça como nós e marque fp+ (no fim, só eu fui; a Cristina não curte montanhas-russas muito radicais). De personagens, além daqueles no café da manhã, só encontramos o Dug e o Russell, do Up! (um desenho que amamos), pois não fomos ao Rafiki Planet Watch. Uma coisa que me marcou muito no Animal Kingdom é o capricho na ambientação das áreas da África e da Ásia. Você realmente se sente numa vila africana ou numa aldeia indiana aos pés do Himalaia. Inclusive a estética dos cartazes, avisos, letreiros, tudo feito para mostrar como eram esses locais no tempo em que uma viagem pra um lugar desses era algo absolutamente exótico e acessível a pouquíssimas pessoas.
Duas dicas de compras: os itens de artesanato africano vendidos no Mombasa Marketplace, a loja em frente ao Tusker House, são muito bonitos! E, se você faz questão, muita questão mesmo, de ter uma Magic Band de Frozen, a Disney Outfitters, na Discovery Island, foi o único lugar em que vimos pulseiras de Olaf e Anna (mas não da Elsa) durante nossa viagem.
Naquela noite jantamos perto do hotel mesmo, com amigos, no Bonefish Grill. Não sei se tem em outros pontos de Orlando, mas recomendo para quem gosta de peixe, pratos deliciosos (incluindo as sobremesas) e preços honestos.

26/5, dia 6 – Hollywood Studios

Entramos e fomos direto para a montanha-russa do Aerosmith (sem fp+), e pegamos uma fila de mais ou menos meia hora. Adoramos! Tem aquele empurrão inicial e daí em diante você vai no embalo, bem preso no carrinho. Como é dentro de um lugar fechado, não dá para ter muita noção de como é exatamente o trajeto. De lá fomos para a Tower of Terror (fp+), que também curtimos muito. Dica: se você tiver o Memory Maker, vai ter até um filminho com a sua participação quando você for consultar as fotos para baixar!

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Aproveitamos que estávamos na área de Sunset Boulevard para assistir ao Beauty and the Beast live on stage. Dos filmes recentes da Disney (entenda-se por “recente” os últimos 25 anos), minhas três trilhas sonoras preferidas são O Rei Leão, A Pequena Sereia e A Bela e a Fera. Então não tinha como não ser muito bonito! Duro foi esperar na fila sob um sol bastante inclemente (e o auditório é aberto, não tem ar condicionado), mas o show compensou o esforço.

Nós meio que programamos um pouco do nosso dia no HS em função dos dois shows de dublês, dos nossos fp+ e do jantar. Então, para preencher tempo no fim da manhã/começo da tarde, fomos ao Magic of Disney Animation, não na parte em que ensinam a desenhar (por mais que eu precisasse desesperadamente de umas aulas), mas na apresentação em que falam um pouco do processo de criação dos personagens. Achamos interessante, mas é como vocês disseram, fica na categoria “se tiver tempo”.

Agora, os shows… o do Indiana Jones é realmente bom, mas chegue cedo para ficar bem de frente para o palco. Nós ficamos meio de lado, embora não tenha sido tão ruim. O dos carros, por outro lado, foi decepcionante. OK, eles mostram como alguns truques são feitos, mas achamos que o show não entrega o que promete, além de ter muita conversa para pouca ação. Um exemplo básico: na preparação de um número, começam a aparecer caminhões, bancas de frutas e outros elementos cenográficos. Pensei que iam destruir tudo aquilo nas cenas de perseguição, e até comentei com minha esposa: “deve ser por isso que são poucas apresentações por dia, eles têm que reconstruir isso tudo depois do show”. Que nada: os carros ficaram lá fazendo o balezinho e deixaram toda a cenografia intacta, exceto por uma vitrine.

Também tínhamos fp+ para o Toy Story Mania, que é muito bacana (e nesse você consegue saber como está a sua mira, ao contrário do MiB e do Buzz Lightyear), nos divertimos muito ali. Fiz 142 mil pontos, mas não sei qual é o máximo… também gostamos do 3D dos Muppets (eu sou fã deles), e não deixem de reparar nos comentários dos velhinhos rabugentos que ficam num camarote, eles são ótimos! De personagens, acabamos encontrando apenas o Relâmpago McQueen e o Tow Mate na Streets of America.

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O Hollywood Studios teve a única atração que me deixou tonto: o Star Tours (fp+). Tanto o VPD quanto minha amiga Kamila disseram que há várias versões do simulador, acho que pegamos uma mais radical, hehe (para constar: fomos bem depois do almoço). Mas eu iria de novo numa boa (depois de me recuperar, evidentemente), achei extremamente bem feito. Ali pertinho pegamos uma parte da cerimônia da “escolinha de jedis” que o parque oferece para as crianças, achamos muito bacana (os pais nerds devem ficar com um orgulho daqueles), mas não pudemos ficar muito tempo.
E, falando em Star Wars, sim, conseguimos reserva para o jantar temático no Hollywood & Vine! Na entrada, tiramos foto com o jedi Mickey; depois, a Minne Leia, o Pateta Vader (ou Darth Pateta, sei lá), o Donald stormtrooper e os ewoks Tico e Teco passam pelas mesas. A comida é excelente, e demos “prioridade” para os peixes e frutos do mar (ah, aqueles mariscos…). Até as sobremesas são temáticas, e eu não podia deixar de comer o cupcake com a máscara do Darth Vader.

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Depois de gastar nossos fp+, pegamos outro pro Fantasmic, que naquele dia teria duas apresentações. Escolhemos a das 21 horas, com fp+ para 8h25 – entramos nesse horário, e mesmo assim ficamos meio de lado, no limite entre as áreas verde e amarela dos mapas do VPD. Isso reforça a recomendação de chegar realmente cedo para o show. E, sinceramente, o Wishes é muito lindo, mas fogos de artifício não são exclusividade da Disney; em termos de inovação, acho o Fantasmic mais impressionante. Se tivesse que escolher entre um deles, ficaria com o Fantasmic.
Como as atrações ainda ficaram abertas por meia hora depois do Fantasmic, terminamos o dia com o Great Movie Ride. A experiência de passar pelas “cenas” dos filmes é bacana, mas senti nosso barqueiro meio no automático quanto à narração. O que não vimos e vai ficar pra próxima viagem, além das aulas de desenho: a história do Walt Disney, o musical da Pequena Sereia e o sing-along do Frozen.

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27/5, dia 7 – Magic Kingdom

Esse era o dia da magia; como vocês lembram, o MK foi o parque escolhido para nossa comemoração de aniversário de namoro. Começamos com o café da manhã no Be Our Guest (que minha esposa julgava ser A comemoração; sabia de nada, inocente). Depois daquela comilança no Tusker House, você vê que no Be Our Guest vai ter que escolher um item do cardápio e pensa que vai ser um café da manhã simples, que nada! Os pratos (croque madame para mim e scrambled egg whites para a Cristina) vieram muito bem servidos, fora que trazem uns pães bem gostosos, tudo incluído. Como o VPD já escreveu no post do café no Be Our Guest, a ambientação é de cair o queixo. É tudo perfeito (um detalhe que me chamou a atenção como prova de que fizeram tudo MESMO pensando no ambiente de castelo foi o das máquinas de refrigerante, em que os logotipos coloridos foram substituídos por versões em cor de madeira escura). Depois do nosso café ficamos circulando pelos salões, tirando fotos, dá pra fazer isso numa boa, ninguém vai tentar tirar você lá de dentro.

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Dali fomos para a Tomorrowland, pois tínhamos fp+ para duas atrações lá no fim da manhã. Para fazer a digestão (hehe), fomos ao Monsters Inc. Laugh Floor (hilário, ainda melhor que o Turtle Talk do Epcot!) e ao Stitch Great Escape (divertido, mas não essencial). Depois fomos usar nossos fp+, primeiro no Buzz Lightyear. O máximo é 999.999 pontos, certo? Bom, ali ficou escancarada minha mediocridade: fiz 4 mil (a Cristina fez quatro vezes mais que eu, 16 mil; deu pra entender por que gostei mais do Toy Story Mania?). Mas é bem divertido, adoramos coisas de atirar! Depois fomos para a Space Mountain, que eu repetiria se tivesse tempo. Com as curvas bruscas, a Cristina acabou raspando o braço na parte interna do carrinho, mas nada sério.

Pulamos aquela pista de corrida aparentemente inspirada no Rubinho Barrichello e voltamos para a Fantasyland almoçar na Gaston’s Tavern. Uma peça de carne daquelas (o tal pork shank) e as sobremesas foram suficientes para nós dois. Também tiramos foto com a Merida, de Valente, e com o Donald e o Pateta em trajes circenses, ali no Pete’s Silly Sideshow. Depois do almoço fomos ao Philharmagic. Não precisa de fp+, porque entra muita gente de uma vez só. A dica da Kamila é não querer entrar logo que as portas abrem: deixem parte do povo entrar, porque eles terão de se sentar mais para as pontas; quem entra depois acaba pegando as cadeiras mais pro meio. Quanto à atração em si, só digo uma coisa: não saia do MK sem ter ido lá!

Depois ficamos zanzando entre Liberty Square, Frontierland (cuja ambientação é tão bem feita quanto as da África e Ásia no AK) e Adventureland. Descobrimos um estande de tiro muito divertido, fizemos o passeio de barco e fomos à Big Thunder Mountain, bem bonita e mais leve que a Space Mountain. Com os fp+ usados, fomos buscar mais. Primeiro, Piratas do Caribe, que pegamos por pouco (a Disney tinha previsto iniciar a manutenção na época da nossa viagem, mas depois adiou). Adoramos – a Cristina especialmente é fã dos filmes. Depois, Haunted Mansion, o trem-fantasma mais divertido que eu já vi. Detalhe para o cast member que, ao ver nossos bottons, em vez de dizer “happy anniversary”, soltou um “my condolences”!

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E eram umas 19h30, 20h quando a Cristina veio com um papo de “estou com fome”. Comprei um sorvete de Mickey na Liberty Square para ver se o estômago sossegava um pouco, resolvi ir a algumas atrações para gastar tempo (até ao It’s a Small World nós fomos), e depois disse pra irmos ver as lojinhas da Main Street e pegar um lugar bom pro Wishes, e quem sabe comer por lá mesmo. Quando deu umas 21h, estávamos de frente pro castelo e, aí sim, perguntei “que tal jantarmos lá?”, apontando pro castelo. É que eu tinha feito reserva pro Cinderella’s Royal Table às 21h15!

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O jantar foi como o VPD descreveu num post. Entramos, tiramos foto com a Cinderela, fomos “anunciados” no sistema de som, subimos e nos deram uma mesa grudada na janela, na parte de trás do castelo. Isso significava que estávamos na melhor posição possível para ver os fogos do Wishes de dentro do castelo. Quando deu 22h, diminuíram bem as luzes de dentro do restaurante para não dar reflexo nas janelas e atrapalhar a visão do Wishes. A comida foi aprovadíssima: para a Cristina, sopa, steak and shrimp e a sobremesa “the clock strikes twelve”. Eu pequei a tábua de queijos, o peixe do dia (salmão) e o dessert trio. Só quando já tínhamos terminado de comer é que as outras princesas apareceram: Aurora, Ariel, Jasmine e Branca de Neve. Não vem fotógrafo da Disney junto, então tenha a câmera a postos! Saímos do jantar e pegamos o finalzinho da parada das 23 horas. Felizmente, tudo deu certo no nosso dia especial!

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28/5, dia 8 – 1900 Park Fare e shoppings

Acordamos cedo para ir ao Grand Floridian, pois tínhamos outro café da manhã, desta vez no 1900 Park Fare, dica que vi aqui no VPD. Para chegar lá, tínhamos de passar pelas cancelas do estacionamento do MK, mas é só dizer que você está indo pro hotel que eles não cobram os 17 dólares. O hotel é uma coisa deslumbrante, quando eu for milionário e for pra Disney é lá que vou ficar. E o café da manhã não fica atrás, é ainda mais gostoso que o do Be Our Guest e mais farto que o do Tusker House. Comi muito salmão defumado, que pra nós tem gosto de Irlanda, por causa de uma viagem que fizemos em 2010; experimentei a sopa de morango (diferente, mas gostosa); e encontramos os personagens “britânicos”: Mary Poppins, Alice, Chapeleiro Maluco (minha nossa, que figuraça!), Ursinho Puff e Tigrão. Até a Cristina, que não é assim tão fã do Puff, entrou no jogo e brincou com ele e o Tigrão. E, se depois de comer no Tusker House nosso almoço foi só um saco de batatinhas, adivinhem: depois de comer no 1900 Park Fare nem almoçamos!

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Quanto aos shoppings, não tenho nada a dizer, exceto a recomendação de conferir a loja da Disney no Florida Mall. Lá encontramos vários itens que não vimos em nenhuma outra loja de parque, nem na Downtown Disney – inclusive uma boneca da Elsa de meio metro, do Frozen Fever. Em outros casos, os preços estavam menores: os sabres de luz que custam $ 39,90 nos parques estavam por $ 29,90 nessa loja.

Nesse dia tivemos o nosso imprevisto: a Cristina acordou com uma dor forte no abdômen; não sabíamos o que era, mas sabíamos o que não era (ela sabia que não era pedra no rim, por exemplo); suspeitávamos de coisas como infecções, mas não havia como ter certeza. Ela tomou um analgésico que resolveu o problema até o meio da tarde, permitindo ir ao 1900 Park Fare, ao Florida Mall e a um Walmart. Quando voltamos pro hotel para deixar os pacotes e, de lá, ir ao Mall at Millenia, a dor voltou, mais fraca. Ligamos para o nosso seguro, da Mondial (aliás, nota dez pra eles), que nos ofereceu duas opções: mandar um médico pro hotel ou recomendar um hospital. Preferimos o hospital, e novamente eles nos deram duas opções: um hospital mais próximo do hotel, em Celebration, mas que podia cobrar até mil dólares de adiantamento, que o plano me reembolsaria depois; e outro, em Orlando, que não cobrava nada. Vimos que o caminho até esse hospital de Orlando era tranquilo e optamos por ele, o Dr. P. Philips Hospital.

Se a Mondial foi 10, o Dr. P. Philips fica ali com uma nota 6 ou 7. Na nossa opinião faltou informação sobre tempos de espera e prazos. Passamos, ao todo, sete horas no hospital (das 22h30 de quinta até as 5h30 de sexta), das quais meia hora de “ação” propriamente dita (conversa com médicos ou enfermeiros, exames etc.). Todo o restante do tempo foi aguardando algum atendimento, mas em nenhum momento nos diziam algo como “o resultado do exame leva x minutos para ficar pronto”, ou “em x minutos viremos buscar você para o exame”. Da única vez que nos deram algum prazo, foi já perto de minha esposa receber alta, algo como “o médico virá vê-la em alguns minutos”, mas o “alguns minutos” virou uma hora e meia. No entanto, todos os profissionais que interagiram conosco foram bem atenciosos. E fizeram uma bateria de exames bem completa, inclusive com ultrassom. No fim, não era infecção, o médico detectou uma pequena inflamação, levantou algumas hipóteses e disse que não era preciso tomar medicação específica, só analgésico se a dor voltasse (não voltou). Chegamos ao hotel às 6 da madrugada do dia 29.

29/5, dia 9 – Islands of Adventure

Não deixou de ser providencial esse perrengue todo ter ocorrido justamente num dia em que não iríamos a parque nenhum, e na véspera de nosso passeio no que me parece ser o menor parque dos seis que visitamos. Dormimos até umas 13 horas e entramos no Universal Studios às 15 horas, indo direto para a área do Harry Potter e embarcando no Expresso de Hogwarts. Puxa vida, que perfeição! Realmente indispensável fazer o passeio se você tem o ingresso park to park. Chegamos a Hogsmeade, já no Islands of Adventure, e fomos ao simulador do voo de vassoura, que é muito impressionante (e radical – a Cristina saiu um pouco tonta), e isso sem precisar de efeitos 3D! Pegamos uma filinha de uns 40 minutos, acho, mas valeu a pena!

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Saímos dali para rodar o parque no sentido horário. Passamos meio direto pelo Lost Continent e pela área do Dr. Seuss, pois nosso objetivo era a área da Marvel. O simulador do Homem-Aranha é um dos melhores de toda a viagem, e fui sozinho na montanha-russa do Hulk. É pra quem gosta de fortes emoções, hehe. Agora não consigo me lembrar se tinha opção de single rider, mas sei que não levei muito tempo na fila.

Depois da Marvel, fomos para a Toon Lagoon. A Cristina achou melhor não abusar depois do que tinha acontecido, e fui sozinho às atrações que molham. Não saí desapontado. No Ripsaw Falls (baseado num desenho que era exibido no Brasil com o nome de Polícia Desmontada) é 100% certo que você vai sair encharcado, para minha alegria. Vem água de todos os lados. E o passeio todo é muito bacana para quem conhece o desenho. Aproveitei o embalo e emendei com o Jurassic Park River Adventure, que molha bem menos, mas é muito bem feito. Só não fui ao brinquedo molhado do Popeye porque a fila estava muito grande, mas já estava satisfeito com a dose de água que tinha recebido.

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Terminamos o passeio voltando a Hogsmeade. É que eu ainda tinha de ir à Dragon Challenge, e no meio da tarde as filas estavam enormes, mas às 20h estava bem mais tranquilo. Essa montanha-russa é a única que vi com uma fila especial para quem queria ir na frente, e lá fui eu. Só digo que é muito mais incrível fazer um looping quando você está pendurado pelo alto, em vez de estar num carrinho normal. Pena que, depois de ter encarado a montanha-russa vermelha, não deu tempo de ver como era a versão azul: o parque estava fechando e já estava escuro. Tomei a última cerveja amanteigada e fomos jantar no Cheesecake Factory, que era o plano para o dia anterior. Ainda bem que seguimos os inúmeros conselhos de dividir o prato principal. O que não nos disseram é que também dava para dividir o cheesecake, as fatias são enormes! Mas, nas palavras do grande Homer Simpson, “honey, this marriage is a partnership (…) when you can’t finish a sandwich, I eat that sandwich”. Substituam sanduíche por cheesecake e vocês entenderão o que aconteceu.

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30/5, dia 10 – Magic Kingdom, o retorno

Vocês devem ter percebido que no dia 27 deixamos de fora algumas atrações imperdíveis. É que já tínhamos dado como certo que o quinto dia de parque Disney seria no MK, então não nos preocupamos tanto. Teoricamente deveria ser um dia mais tranquilo, em que nos dedicaríamos a fazer os passeios que não fizemos no primeiro dia, mas acabou sendo bem corrido também. Assim que entramos, fomos direto ao Princess Fairytale Hall “dar um beijo na Frozen”, nas palavras da nossa sobrinha de quase três anos. A placa dizia 60 minutos de espera, mas em meia hora já estávamos lá com a Anna e a Elsa. Dali, aproveitamos que já estávamos em Fantasyland e fomos à Seven Dwarfs Mine Train. Ali a espera foi de pouco mais de uma hora (ou seja, a plaquinha estava certa), mas valeu a pena. É uma montanha-russa nada radical, mas muito, muito bonita.

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Como tínhamos visto o show da Bela e a Fera no HS, pulamos o Enchanted Tales with Belle; por outro lado, não tínhamos visto o show da Pequena Sereia no HS, então fomos ao Under the Sea, que estava com pouca fila. É parecido com a atração do Nemo no Epcot, mas com músicas muito melhores. Terminamos a manhã na Splash Mountain (fp+). À primeira vista, a descidona parece assustar, mas ir à Splash Mountain é mais tranquilo do que parece olhando de fora, na avaliação da Cristina. Nós curtimos um monte. Até tentamos voltar lá mais tarde, mas as filas estavam enormes e não tínhamos como pegar outro fp+ pra ela.

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Almoçamos no Pinocchio Village Haus, um restaurante bonito mas intrigante: por que a ambientação é alemã se o Pinóquio e seu criador são italianos? A food tip aqui é a seguinte: o flatbread de pepperoni tem muito menos pepperoni na vida real que na foto mostrada no balcão. Escolha o flatbread caprese. Depois do almoço, seguimos em busca de atrações que ainda não tínhamos visto – mas antes repetimos o Philharmagic. Eu já disse que vocês não podem sair do MK sem ter ido lá, não disse? Demos umas voltas no Prince Charming Regal Carrousel (os marmanjos podem perder a vergonha: havia vários em cima dos cavalos, e não necessariamente acompanhando criança pequena), voltamos ao Princess Fairytale Hall para encontrar a Cinderela e a Rapunzel (fp+) e depois fomos tirar foto com o Gaston, o personagem mais escrachado que encontramos na viagem. O cara é muito bom! Dali usamos outro fp+ para o Peter Pan. Não somos assim tão fãããããs do Peter Pan, mas adoramos Londres, e é legal ver do alto uma de nossas cidades favoritas. Também pegamos o desfile do meio da tarde, passando por Liberty Square. O bom dos desfiles é que são bonitos e curtos, você não paralisa toda a sua programação por causa deles.

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Aí veio o mico do dia, o Jungle Cruise. Primeiro, que não tínhamos fp+ e a fila demorou MUITO mais que os 60 minutos anunciados. Segundo, que quando finalmente embarcamos nós realmente nos esforçamos para entender as piadas do barqueiro (no nosso caso, da barqueira), mas havia umas crianças indianas gritando o tempo todo atrás de nós, o que atrapalhou demais. As poucas tiradas que eu entendi eram baseadas em trocadilhos. Não valeu aquela espera toda. Talvez em outras condições seja um passeio bem divertido.

Como estávamos na Adventureland, pegamos um fp+ para o tapete do Aladdin. Em dias de calor, ele tem uma vantagem estratégica sobre o Dumbo; deixo para vocês descobrirem quando estiverem lá. É só saber manobrar bem o tapete, como eu fiz, que vocês se beneficiarão. Jantamos no Columbia Harbour House, uma recomendação da Kamila que aprovamos totalmente, os pratos são deliciosos, imagina, mac and cheese com camarão e pedaços de lagosta! Dali fomos ao Sleepy Hollow comer o famoso funnel cake. Realmente é muito bom. Assim, não é a melhooooor sobremesa que comi em toda a minha vida, mas sim, é muito bom.

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Depois do jantar, fomos nos posicionar para o Wishes. O problema é que às 21 horas havia outro desfile, então a “área verde” do mapa do VPD estava interditada, e os cast members estavam insistindo para que não ficássemos parados nas áreas de circulação. Acabamos entrando no Casey’s Corner para beber algo enquanto o desfile não terminava e, quando acabou, nos posicionamos bem no meio da rua, entre o Casey’s Corner e a sorveteria. Na hora do show audiovisual que vem antes do Wishes e usa o castelo como “tela”, fazendo você olhar mais pra frente que pra cima, sentimos o drama causado por dois tipos específicos de pessoa: o pai que bota o filho nos ombros e bloqueia a visão de todo mundo atrás, e o sujeito com orelha de Mickey que não retira o adereço e bloqueia a visão de quem está atrás, mas um pouquinho de lado.

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O Wishes, bom, é maravilhoso, ideal para fechar uma visita à Disney. Ali fizemos o nosso desejo de um dia poder voltar e viver tudo aquilo de novo. Mas antes de ir embora ainda tínhamos um compromisso: dar um abraço no Mickey do Town Square Hall. Foi o que fizemos, ainda que com alguma fila. Na saída, em vez do monotrilho, preferimos ir de barco ao estacionamento, para continuar a ver o castelo enquanto fosse possível. Assim acabou nossa visita à Disney.

Agora, umas considerações finais

Memory Maker: pra nós valeu a pena

Somos um casal viajando sozinho, então, se queremos fotos do casal, precisamos recorrer a outros turistas. Mas eu, particularmente, tenho instintos homicidas toda vez que alguém tira uma foto nossa e corta o topo do prédio que está atrás de nós e é importante para a imagem (algo que aprendi: nem sempre o sujeito com o melhor equipamento sabe fazer o melhor enquadramento). Sério, em algumas situações já pedi pro cara fazer a foto de novo, acrescentando um “cuidado pra não cortar a torre da igreja” ou coisa parecida. Imagine isso acontecendo com a bola do Epcot, a Árvore da Vida ou, pior ainda, o castelo da Cinderela. Então, contratamos o Memory Maker de uma vez para evitar esse tipo de situação.

E, para nós, valeu a pena. Conseguimos fotos ótimas que de outro jeito talvez não conseguiríamos, sem falar das fotos nossas dentro de alguns brinquedos (sim, sei que algumas dessas fotos, por seu caráter peculiar, jamais verão a luz do dia ou do Facebook, mas são para nosso registro) e, especialmente, das fotos à noite. Minha câmera até tem um modo especial para esses casos, mas explicar pro turista amigo demoraria um pouco, e eu precisaria contar com a mão firme dele na hora da foto para não sair tudo tremido.

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No fim, estamos com quase 500 fotos para fazer download. Nem todas são fotos nossas; a Disney inclui fotos posadas dos personagens com quem interagimos. Mesmo assim, é foto pra burro, e ainda temos a possibilidade de acertar a proporção delas para quem está pensando em imprimi-las depois (dica: se você quiser imprimir em tamanho 10×15, deixe em 4”x6”; se for imprimir em 15×21, nosso tamanho preferido, passe as fotos para 5”x7”), incluir efeitos como molduras e banners (clique sempre em “create a copy” para não perder a imagem original) e criar alguns produtos personalizados (pagos à parte). Nosso calendário 2016 será com as nossas fotos da viagem à Disney.

Adultos sem crianças também têm que entrar no jogo

Nem sei como deve ser para uma criança a sensação de encontrar uma princesa na Disney, porque a criança ainda tem aquela coisa da magia, de achar que aquela É mesmo a Cinderela, por exemplo. Com os adultos é diferente, sabemos que são atores e tal, mas não tem a mínima graça só chegar lá, dar um oi, tirar uma foto e pular fora. Tem que entrar no jogo, e acho até que os cast members esperam isso de nós e estão preparados pra isso. Assim, quando você se dá conta, já está explicando pro Aladim que ele não pode pousar o tapete mágico em Curitiba nas manhãs de inverno porque o nevoeiro fecha o aeroporto; pedindo conselhos para os personagens (a Cristina queria da Rapunzel dicas sobre cabelo; eu perguntei ao Gaston como transformar minha pança de Pato Donald em músculos); ou tendo esse diálogo com a Merida:
– Merida (vendo nossos bottons): “Parabéns, vocês estão juntos há nove anos!”
– Marcio: “É, e não precisei atirar flechas em nada para ficar com ela.”
– Merida: “Sério? Foi a mãe dela que arranjou o casamento de vocês?”
– Marcio: “Não, foi a internet que arranjou” (a Cristina e eu nos conhecemos no finado Orkut)
– Merida: “Ah, então esse era o destino de vocês!”
Não é sensacional?

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Uma mensagem de esperança

Algo que eu não poderia deixar passar batido. Pode parecer inacreditável, mas eu consegui todas as reservas de café da manhã e jantar na primeira tentativa. Juro! Tenho até as datas em que foram feitas: Cinderella’s Royal Table, 18 de fevereiro; Hollywood and Vine, 19 de fevereiro; 1900 Park Fare e Tusker House, 1º de março; Be Our Guest, 8 de março. Talvez eu tenha tido muita sorte, talvez seja porque maio ainda é baixa temporada, não sei. Mas que isso sirva para animar quem está atrás de reservas em restaurantes concorridos.

Nossas compras

Viagem pra Disney é assim: no primeiro dia de férias você está cantando “livre estou, livre estou”; depois, quando chegam as faturas, você canta “liso estou, liso estou”… Queremos dividir com vocês nossa listinha daquilo que trouxemos dos parques para nós. Às vezes tem algum leitor do VPD que curte os mesmos personagens ou tem um estilo parecido com o nosso, pode dar uma ideia do que procurar quando estiver lá em Orlando.

  • Roupas: trouxemos camisetas, blusinhas, uma pashmina e um vestido pra Cristina e, pra mim, duas camisetas (uma por causa da mensagem educativa e a outra porque gosto das gaivotas de Procurando Nemo) e uma polo que dá até para usar no trabalho numa sexta-feira. A polo, a blusinha preta com os quatro parques, e a de manga comprida listrada compramos na World of Disney, em Downtown Disney; a das gaivotas, logo na saída do The Seas with Nemo and Friends, no Epcot; e a camiseta vinho do Mickey, na loja que fica no Pete’s Silly Sideshow, no MK. A pashmina compramos no pavilhão do Marrocos, no Epcot. A camiseta do Homer Simpson veio do Kwik-E-Mart, no Universal Studios; o vestido branco vimos na saída da montanha-russa da Múmia, também no Universal; e a camiseta do Snoopy compramos na loja grande do Kennedy Space Center.
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  • Enfeites: nossa casa ganhou dois animais em pedra sabão, comprados no Mombasa Marketplace, na área da África do AK; uma lâmpada, também do pavilhão do Marrocos do Epcot; e um “Hula Olaf”, da loja da Disney no Florida Mall (não vi em nenhuma outra loja de parque, nem em Downtown Disney).
  • Brinquedos e pelúcias: o sabre de luz do Darth Vader compramos na saída do Star Tours, no Hollywood Studios (mas na Disney Store do Florida Mall estava 10 dólares mais barato, e ainda tinha do Yoda); a varinha do Dumbledore, na Olivaras do Beco Diagonal; as duas pelúcias, na Emporium, na Main Street USA do MK (mas vimos em outras lojas também). O Mickey feiticeiro foi escolha da Cristina e o Mickey preto-e-branco, escolha minha.
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  • Artigos de utilidade particular: a forminha de gelo compramos na saída da Big Thunder, mas também vimos na seção de coisas para casa da World of Disney; essa apropriadíssima etiqueta de bagagem (eu disse que gosto das gaivotas, não disse?) também compramos na saída do The Seas with Nemo and Friends, no Epcot.

O que não achamos e gostaríamos de ter achado foi uma coleção completa de curtas antigos tanto do Pateta quanto do Donald. Depois descobrimos que a Disney lançou essas coleções anos atrás, em edições limitadas. Hoje não se acha esses DVDs na internet por menos de 125 dólares. Acho que está na hora de relançarem com preços mais camaradas.

Enfim, eis o nosso relato de viagem. Espero que ajude os leitores do VPD a fazer boas escolhas e aproveitar muito os passeios. E agora entendemos por que nossa amiga Kamila volta pra Orlando sempre que pode: é para curar a depressão pós-Disney.

Se você assim como o Marcio tiver histórias para contar sobre sua viagem para Orlando, ou quiser registrar como foi a refeição em algum restaurante da cidade, compartilhar o seu roteiro, ou ainda relatar como foi a estadia no hotel escolhido, nos escreva mandando o seu texto, fotos e vídeos e eles poderão ser publicados aqui no Vai Pra Disney. O endereço é viagemdoleitor@vaipradisney.com (lembrem-se que dúvidas não serão respondidas por esse e-mail, por favor use as caixas de comentários do site).