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Space 220: restaurante espacial no Epcot

O Space 220 é um dos restaurantes mais temáticos da Disney e tem uma proposta super diferente: a de te fazer se sentir como se estivesse vendo a Terra a 220 milhas de distância. Esse restaurante do Epcot abriu em 2021 e até hoje é um dos mais difíceis de conseguir uma reserva, mas usando as dicas que a gente já te ensinou nesse vídeo, conseguimos garantir uma mesa pro jantar e fomos matar a curiosidade de como era essa experiência. É claro que já aproveitei a deixa pra registrar tudo para poder mostrar aqui no blog também! 🙂 

Fachada do Space 220, com uma placa com o nome do restaurante iluminada em azul.
O Space 220 foi inaugurado em 2021 e segue sendo um dos restaurantes mais populares do complexo

Como é o Space 220?

Desde o começo, o Space 220 é quase uma atração e a chegada no restaurante parece o “pré-show”, cheio de cerimônias pra te fazer entrar no clima. Eu já sabia exatamente o que esperar do restaurante, já tinha visto várias fotos dele e mesmo assim fiquei muito impressionada com toda a ambientação que a Disney criou ali. 

Esse restaurante funciona com menus de preço fixo. No almoço, você paga US$55 e pode escolher uma opção de entrada e de prato principal do menu. No jantar, o valor é maior (US$80 por pessoa) e inclui entrada, prato principal e sobremesa. Detalhe: estes valores não incluem nem o imposto nem a gorjeta, então prepare o bolso pra evitar surpresas!

As bebidas mais normais como água e refrigerantes já estão incluídas no valor também. Você só paga a mais se quiser algum drinque – e a gente quis, porque se a gente está na chuva, é pra se molhar, né? Como não estava nos meus planos virar presença frequente num restaurante caro desse jeito, aproveitei a minha visita pra conhecer tudo que eu podia, e eles tinham uns drinques meio temáticos, super bonitos e diferentões. A gente quis provar, claro! Mas já já conto mais das comidas e bebidas, primeiro deixa eu falar mais do restaurante e a decoração. 

Afinal, o Space 220 pode não ser uma experiência barata, mas ele também não é apenas um restaurante. A ambientação é parte muito grande do que motiva da visita e de sua popularidade.

O salão principal do Space 220. Há mesas vazias com talheres e copos, algumas pessoas sentadas e ao fundo dá pra ver o planeta Terra de longe.
O ambiente do Space 220

Quando você chega no restaurante, tem uma vibe meio check-in de aeroporto, sabe? Você até recebe uma espécie de cartão de embarque e então espera o elevador pra subir até o restaurante. Como você talvez já possa imaginar, não estou falando de um elevador qualquer, afinal ele está te levando pro espaço, há 220 milhas (uns 350km) da Terra, lembra? Esse elevador é sensacional e deixa muito pré show de atração no chinelo! Eu adorei e já super entrei no clima! 

A entrada do elevador do restaurante. Ele está no fundo de um corredor e nas laterais há uma adega.
A experiência de subir até o restaurante é quase uma atração mesmo!

Quando a gente chega no que seria a estação espacial que o restaurante se localiza, existe toda uma narrativa para cada detalhe que a gente encontra ali. Bem o tipo de coisa que só a Disney se preocupa em criar e que no fim das contas faz uma diferença gigante, pelo menos pra mim. Se você falar inglês e gostar desse tipo de detalhe, preste atenção no que a funcionária que te receber no elevador pra te acompanhar até o restaurante vai te contando ou pergunte pra ela/ele mais sobre tudo o que você vai ver por ali. 

A estufa do restaurante, com alfaces, repolhos e couve flor.
Os detalhes são realmente muito legais!

Chegando, é aquele momento que todo mundo espera quando visita o Space 220: é impossível não ficar com os olhos colados nas janelas que simulam o espaço e a terra vista a distância. É lindo e a cena vai mudando o tempo todo, então a gente acaba prestando atenção ali no movimento do espaço o tempo todo. É demais!  

O restaurante é bem grande e todas as mesas tem alguma visibilidade dessas janelas, algumas mais de perto e outras mais de longe. No fundo não tem muito como escolher e a gente acabou sentando mais longe, mas nada que tenha nos impedido de aproveitar super bem. Além do que, a gente fez questão de caminhar um pouco pelo restaurante pra ver a “vista” mais de perto também. 

Várias coisas diferentes aparecem na janela, vale prestar atenção

Já vi muita gente falando que é super legal conseguir ir na hora do pôr do sol, assim você pega a mudança de dia pra noite nas janelas do restaurante. Fica a dica aí pra quem for se hospedar na Disney e talvez consiga ter um leque maior de opções de horários pra reservar. Pra gente que precisou reservar na raça, aceitamos de bom grado o horário que apareceu!

Uma dica: se você quiser visitar o Space 220 pra sentir o clima e conhecer a ambientação mas não quiser gastar tanto com uma refeição completa, você tem a alternativa de reservar o Space 220 Lounge, que é tipo o bar do restaurante.

Logo no começo, o Space 220 Lounge nem aceitava reserva mas hoje aceita e precisa reservar sim (e também são reservas hiper concorridas). O Space 220 Lounge tem um cardápio de drinques e aperitivos pra você escolher, sem obrigatoriedade de preço fixo como o restaurante, então dá pra curtir tudo ali sem pagar tanto. Só que essa dica só vale para grupo de adultos, já que hoje o Space 220 Lounge só aceita pessoas com 21 anos ou mais. 

O lounge oferece drinks e aperitivos, mas não os pratos principais

Apesar disso, a gente foi no restaurante mesmo, no jantar e com direito a refeição completa: entrada, prato principal, sobremesa e drinques! 

A comida do Space 220

Muitas vezes os restaurantes da Disney que tem outros atrativos (como uma temática diferente ou presença de personagens) deixam a peteca cair um pouco na parte da comida simplesmente porque eles sabem que vão continuar com as mesas sempre cheias. Não acontece em todos os restaurantes não, tá? Mas acontece muitas vezes e eu tinha um pouco de medo de ser o caso do Space 220. Para minha felicidade, não foi! O Space 220 caprichou na ambientação mas também rolou uma preocupação com o cardápio, que tem opções bem elaboradas e gostosas.

Como eu visitei o Space 220 acompanhada das duas Bias que fazem parte do nosso time aqui do VPD, combinamos de não repetir pratos e assim tivemos a oportunidade de conhecer vários itens do cardápio de uma vez só. Ah, um ponto importante: eu não estava com meus filhos, mas eles tem sim um menu infantil. Hoje o preço pras crianças é de US$29 e inclui entrada, prato principal e sobremesa no almoço e no jantar (sim, as crianças ganham sobremesa no almoço também).

Pra começar, pedimos alguns drinques muito mais porque a gente achou que eles eram bonitos do que pela vontade de toma-los. As meninas adoraram os drinques delas, o meu não era bem o que eu esperava. Achei muito doce, muito gosto de coco, mas é questão de paladar mesmo. 

Dois copos de drink do Space 220. Um está em um copo de martini e é vermelho, outro é azul e está em um copo menor.
Esse drink vermelho vinha com um algodão doce

Para entrada, eu pedi uma burrata com rúcula e alcachofra. Não tem muito segredo aqui porque não era um prato de muitas invenções, mas estava super gostoso e nem tinha como ser diferente com todos estes ingredientes que eu amo. O que me impressionou é que o prato é servido com a burrata inteira, ou seja, bem farto! 

Prato com burrata, um molho vermelho, rúcula e alcachofras.
Essa burrata era bem farta

O prato da Bia Abbate (que muita gente conhece das notícias e comentários aqui do blog) também era hiper farto. Ela escolheu uma porção de lula à dorê com molho de tomate. Só o prato da Bia Schaefer (que muita gente aqui já conhece do VPD Travel) que foi na direção contrária e era bem menorzinho: um tartar de atum com molho de manga que ela também achou muito bom.

Prato branco com lulas fritas. Há meio limão siciliano e dois molhos.
A lula estava muito bem feita e os molhos eram bem gostosos
Entrada do restaurante, um tartar de atum com biscoitinhos com gergelim. Ao fundo há um potinho com uma calda amarela de manga.
Essa era a menor dos aperitivos

Para os pratos principais, as escolhas foram: um file mignon com purê de batata e alguns legumes grelhados (pra mim), uma short rib com uma espécie de “mingau” de cheddar (parece uma polenta mole) para a Bia Schaefer um peixe plano B pra Bia Abbate. Ela tentou pedir o salmão mas era o fim da noite e não tinham mais, então ela escolheu outro peixe. É bom quando não sou eu e o Felipe nos restaurantes porque a gente consegue trazer mais opções de peixes e frutos do mar pras avaliações! 😛 

Foto de uma carne vermelha junto com um purê e cenouras.
Essa carne está disponível apenas no jantar

Resumo dos pratos principais do Space 220: todos estavam bem feitos, eram bem servidos e tinham sabor e qualidade, mas também não tinham nada de especial. Era uma carne justa, bem preparada e muito gostosa mas nada que surpreendesse. O mesmo aconteceu com o peixe e a short rib. Gostosos, mas quando a gente pensa no preço da experiência, fico pensando se não dava pra ser mais especial e marcante. 

Prato principal do Space 220, um peixe  que está em cima de um molho vermelho com crispies de batata por cima.
O peixe vinha em uma caminha de erva-doce com essa batatinha palha
Prato principal do Space 220, com purê, carne e cenouras.
A short-rib era gostosa, mas nada imperdível!

Nas sobremesas, achei que eram médias. Um docinho legal, mas nada que faria eu ter vontade de comer de novo. Nada que eu pediria se não estivesse incluído no cardápio. A minha era a mais diferentona e autoral: um bolo de matcha que vinha em cima de um creme de mascarpone e calda de morango. Tava gostoso, mas eu sei que daqui um tempo eu nem vou lembrar mais do que pedi porque não marcou.

Essa sobremesa tem uma cara bem diferentona mas não foi muito marcante não, viu?

O bolo de cenoura (na versão americana) da Bia Schaefer tava na mesma linha: gostoso mas não vai ser lembrado. E olha que ela é viciada no bolo de cenoura americano e sempre pede em todo canto. A da Bia Abbate foi a sobremesa mais decepcionante: era um cheesecake de chocolate e como ela bem definiu, parecia sobremesa que a Disney faz em volume em vários eventos. Umas coisas meio sem sabor, com jeitão de pré pronta, sabe? Pode até ter espaço em um evento pra muitas pessoas, mas em um restaurante como o Space 220, não cabe! Enfim, vale focar nas outras sobremesas. 

Foto de uma sobremesa do Space 220, um cheesecake de chocolate que está coberto com lascas grandes de chocolate.
Essa era a opção de chocolate das sobremesas e não impressionou

No fim dessa refeição hiper completa, gastamos 270 dólares (e algumas lágrimas kkkk). 

Vale a pena?

Eu tenho uma mescla de sentimentos a respeito do Space 220. Primeiro acho o ambiente lindíssimo e a minha parte preferida foi o cuidado que eles tem pra fazer a gente entrar no clima. O elevador que leva até o restaurante é demais e faz a gente chegar com a expectativa lá em cima. 

Foto de uma sobremesa, um bolo de cenoura americano com várias sementes e nozes ao redor.
Esse bolo de cenoura era plant-based, ou seja, sem ingredientes de origem animal

A comida é muito gostosa mas ao mesmo tempo não achei que ela esteja à altura da ambientação e da experiência surpreendente que a gente espera em um restaurante como esse – ou do preço cobrado também. Ela consegue ser caprichada (farta, bem executada, ingredientes de qualidade, opções diferentes) e ao mesmo tempo um pouco sem personalidade. Talvez a minha expectativa fosse alta demais por ter chegado tão animada, mas a comida me animou bem menos do que o ambiente. Apesar disso, seria muito injusto não ressaltar que estava tudo (tirando o cheesecake de chocolate) muito bem feito e agradável. Só não é algo do tipo que eu vou falar: “nossa, lembra daquele prato do space 220?” ou “que vontade de ir no space 220 pra comer isso”. 

Foto da Re no Space 220. Ela está sorrindo e de óculos, vestindo uma blusa listrada. Há copos de água na frente e ao fundo dá pra ver pessoas e o planeta terra de longe.
Adorei conhecer o Space 220, mas por enquanto não tenho planos de repetir a visita

Além disso, acho o preço muito exorbitante pelo que é oferecido. Dificilmente a gente pediria 3 entradas, 3 pratos principais e 3 sobremesas se já não estivessem incluídas no menu fixo. É comida demais e faz a gente gastar demais por coisas que a gente nem queria. Eu até poderia tentar culpar o valor do dólar pra nós brasileiros, mas não acho que seja só isso. 80 dólares é bem caro pra qualquer pessoa e por esse valor, a gente espera uma refeição superior.

Minha conclusão é que boa parte do que a gente paga está na experiência e não nos pratos. Isso é a realidade em tantos outros restaurantes, com a diferença de que pelo menos aqui a comida também é boa. Enfim, gostei muito de conhecer o Space 220 e achei uma experiência super legal, apesar de não ter planos de repetir tão cedo.

Depois que a gente já conhece o ambiente, fica ainda mais difícil justificar retornar só pelos outros atrativos, sabe? Além disso, o Epcot é o parque mais bem servido de restaurantes, incluindo algumas outras opções com melhor custo benefício para o meu perfil. Mas o Space 220 foi uma adição muito legal ao parque, com cara de Disney do começo ao fim, decoração linda DEMAIS que pode valer quase como uma atração, principalmente pra quem curte essa temática espacial ou pra quem viaja com crianças pequenas.

Se você decidir conhecer, depois me conta como foi a sua experiência. 

Nome: Space 220
Endereço: 1382 Avenue of the Stars, Orlando, FL 32836 – (Veja no Google Maps)
Telefone: + (407) 939-1947
Referência: dentro do Epcot
Preço: US$55 por adulto e US$29 por criança no almoço e US$79 por adulto e US$29 por criança no jantar, isso sem contar taxa e gorjeta.
Horário de Funcionamento: pode variar com o horário de funcionamento do parque. Hoje é:
Almoço: de 11h30 às 15h30
Jantar: de 16h00 às 20h40
Cardápio: clique aqui para ver.
Avaliação do VPD: Nota 3 de 5